Programa Saúde na Floresta

Projeto realizado pelo CEAPS/ Projeto Saúde & Alegria em 143 comunidades ribeirinhas dos municípios de Santarém, Belterra e Aveiro, oeste do Pará - Amazônia/Brasil

segunda-feira, julho 31, 2006

O Programa Saúde na Floresta

Melhorar as condições de saúde de 29 mil pessoas residentes em 143 comunidades ribeirinhas nos municípios de Santarém, Belterra e Aveiro, localizadas na Reserva Extrativista Tapajós/Arapiuns (Resex), na Floresta Nacional do Tapajós (Flona) e áreas de entorno. Este foi o desafio assumido pelo Projeto Saúde & Alegria com o início em julho de 2003 do Programa Saúde na Floresta.

Para enfrentar esse desafio, a organização articulou parcerias, alianças sociais estratégicas que permitiram o trabalho acontecer. Nesta etapa contou com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e apoio da Fundação Ford, Terre dês Hommes, Fundação Konrad Adenauer, Promanejo e articulações com as prefeituras locais. Através de um fórum de organizações de base comunitária como a Organização das Comunidades da Resex Tapajós/Arapiuns – Tapajoara; a Federação das Comunidades da Flona; os Sindicatos dos Trabalhadores de Santarém, Belterra e Aveiro, e a Federação do Assentamento Agroextrativista do Lago Grande, foi possível experimentar mecanismos de gestão comunitária nas ações do projeto.

Agora, após três anos de trabalho, é hora de realizar um amplo processo de avaliação de toda essa experiência, comemorando as vitórias e aprendendo com as dificuldades. Este é o objetivo do II Encontro das Comunidades do Programa Saúde na Floresta, que acontecerá nos dias 21 e 22 de agosto, tendo como tema: promovendo atenção básica em saúde nas áreas rurais.

Reunidos, os representantes das 143 comunidades, bem como instituições parceiras, poderão discutir os avanços e desafios do projeto. Nesta etapa financiada pelo BNDES, as ações estiveram voltadas principalmente para melhorar as condições de higiene e saneamento básico nas comunidades.

Para isso, foi implantada uma série de infra-estruturas, como micro-sistemas de abastecimento de água, kits de fabricação de cloro, perfuração de poços semi-artesianos, construção e distribuição de pedras sanitárias e postos de saúde. Também foram realizadas ações de educação em saúde, através da implantação de rádios comunitárias, melhoria da comunicação através da instalação de rádio-transmissores (amador) e realização de oficinas de capacitação sobre higiene e saneamento.



Os resultados vão além do impacto direto na saúde das comunidades beneficiadas, principalmente através do acesso à água tratada e da melhoria das condições sanitárias, evitando doenças simples, como a diarréia nas crianças, de origem primária, mas que se tornavam graves por falta de intervenção efetiva e adequada. No decorrer desta experiência estão sendo criadas e aprimoradas as bases para consolidar um modelo de atenção à saúde que seja apropriado para as populações ribeirinhas da Amazônia.

E muito ainda há por se fazer nessas comunidades. Após a etapa que focou na questão do saneamento básico, o Programa Saúde na Floresta pretende alçar vôos mais ousados. Por isso, neste II Encontro, além de avaliar o que já foi realizado, será o momento de olhar para frente rumo à outros desafios. Desta vez, a proposta é desenvolver uma experiência de atenção básica em saúde, em parceria com a rede pública, através da implantação de uma Unidade Móvel de Saúde que já está à caminho. É o Barco Abaré, construído em parceria com a Fundação Terre des Hommes Holanda que será inaugurado na marco do Encontro, e navegará o Rio Tapajós levando mais saúde e alegria!

Em breve mais informações.